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O teste das três peneiras (conto)

Roberto foi transferido de projeto. Logo no primeiro dia, para tentar fazer "média" com o novo chefe, foi logo fofocando:
– Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Claudio. Disseram que ele …
Nem chegou a terminar a frase e o chefe já o interrompeu:

– Espere um pouco, Roberto. O que vai me contar já passou pelo teste das Três Peneiras?
– Peneiras? Que peneiras, Chefe?
– A primeira, Roberto, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
– Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que…
E, novamente, Roberto é interrompido pelo chefe:
– Então sua história já parou na primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
– Claro que não! Deus me livre, Chefe! – diz Roberto, assustado.
– Então – continua o chefe – sua história também parou segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?
– Não chefe. Pensando desta forma, vi que não sobrou nada do que eu iria contar – fala Roberto, surpreendido.
– Pois é Roberto! Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras?
Da próxima vez que surgir um boato por aí, submeta-o ao teste das Três Peneiras: VERDADE – BONDADE – NECESSIDADE, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante.